Brasil exportou US$ 3,206 bilhões na terceira semana de 2012

Na semana que compreendeu os dias 16 e 22 de janeiro, com cinco dias úteis, as exportações brasileiras contabilizaram US$ 3,206 bilhões, com média diária de US$ 641,2 milhões. Na comparação com o resultado médio das duas primeiras semanas do ano (US$ 733,4 milhões), houve 12,6% de queda.

Foi registrada uma redução de 21,1% nas vendas de produtos básicos, especialmente de minério de ferro, petróleo bruto, carne de frango, soja em grão e farelo de soja. Entre os produtos manufaturados a queda foi de 7,8% nos embarques de automóveis de passageiros, óleos combustíveis, polímeros plásticos, máquinas e aparelhos para terraplanagem, óxidos e hidróxidos de alumínio e energia elétrica.

Já as exportações de bens semimanufaturados registraram alta de 5,2%, motivada pelo aumento nas vendas de produtos semimanufaturados de ferro ou aço, celulose, alumínio em bruto, couros e peles e ferro fundido.

As importações, no período, somaram US$ 3,785 bilhões com resultado médio diário de US$ 757 milhões, número 5,7% inferior à média aferida na primeira e na segunda semanas de janeiro (US$ 802,8 milhões), com declínio nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos elétricos e eletrônicos, veículos automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos e adubos e fertilizantes.

Porto de Vitória inicia obras de ampliação do cais

Essas atrás, o Porto de Vitória, iniciou as obras de reforma ampliação, alargamento do Cais Comercial de Vitória.
Inicialmente as obras afetarão apenas o berço 101 do Cais de Vitória,que ficará interditado até julho de 2012. O berço 101 passa por serviços de sondagem (investigação do solo marítimo), além de serviços preliminares de derrocagem e dragagem que viabilizarão seu alargamento e ampliação.
Em seguida os serviços se estenderão até o berço 102, que passará pelos mesmos serviços no período de 31 de julho até 31 de dezembro de 2012. As datas são todas previstas, pois pode haver mudanças por razões operacionais e climáticas.
O comprimento do cais comercial de Vitória passará dos atuais 356 metros para 456 metros. Além disso, o Porto ganhará novo calado, saindo dos atuais 7,7m para 12,5 m, o que permitirá a operação de navios com capacidade de carga de 70 mil toneladas. No tocante à área operacional, o pátio de estocagem e manuseio de cargas passará de 26.000 m² para 40.000 m². O valor do contrato em execução é de R$ 115.705.205,81 e a obra será executada pela Carioca Cristiani Nielsen Engenharia.
De acordo com especialistas do setor, as obras no Porto de Vitória representarão uma sobrevida operacional e comercial. Com as obras, navios poderão operar com 100% de sua capacidade. Hoje os navios operam metade de sua capacidade, devido ao calado de 7,70m. Para os especialistas, isso significará uma diminuição nos custos fixos do Porto de Vitória da ordem de 50%.

Transit time estimado entre os armadores que operaram CHINA x VITORIA

  • Hamburg SUD
    Shanghai x Vitória – 42 à 48 aprox.
    Ningbo x Vitoria – 46 à 47 aprox.
    Huangpu x Vitoria – 39 à 45 aprox.
    Hong Kong x Vitoria – 37 à 43 aprox.
    Tianjin x Vitoria – 44 à 49 aprox.
  • ZIM
    Shanghai x Vitória – 34 à 37 aprox.
    Hong Kong x Vitoria – 34 à 40 aprox.
  • Maersk Line
    Shanghai x Vitória – 53 aprox.
    Ningbo x Vitoria – 55 aprox.
    Huangpu x Vitoria – 65 aprox.
    Hong Kong x Vitoria – 52 aprox.
  • MSC
    Shanghai x Vitória – 52 aprox.
    Ningbo x Vitoria – 53 aprox.
    Hong Kong x Vitoria – 47 aprox

País tem potencial para atender à demanda mundial de alimentos

O Brasil deverá ser nos próximos anos um dos países em desenvolvimento com melhores condições de atender à demanda de alimentos em nível mundial, disse o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto. Para ele, se alinham ao Brasil com esse potencial os demais países do Brics (grupo integrado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e a África do Sul). Segundo Porto, essa expectativa baseia-se no fato de o bloco envolver 43% da população mundial e ocupar 40% das terras do planeta.
O secretário lembrou que a experiência brasileira no desenvolvimento da agricultura em clima tropical se torna importante para o Brics, que reúne países com o mesmo clima em algumas áreas. “A preocupação do bloco é com o abastecimento e a segurança alimentar em nível mundial. Nesse ponto, os países-membros estão solidários com as nações mais pobres da África, que estão vivendo escassez de alimentos por causa da seca”, disse Porto.
O secretário destacou que o Brasil, isolamente, tem grande potencial para aumentar a oferta de alimentos não só no mercado interno mas também para exportação e, por isso, é visto como estratégico para a alimentação do mundo nos próximos anos. A prioridade que o Brasil dá à produção de alimentos em áreas de baixo carbono, com a utilização de terras degradadas, hoje improdutivas, poupando o meio ambiente da exploração de novas áreas, é vista com simpatia por todos os países, segundo Porto.
Em sua última reunião, realizada em novembro de 2011, os países do Brics criaram cinco grupos de trabalho para compartilhar experiências e ajudar o mundo a sair da crise atual. Um desses grupos discute formas de assegurar o acesso à alimentação das camadas mais vulneráveis da população mundial. De acordo com Célio Porto, a experiência do Brasil com o Fome Zero estimulou a África do Sul a desenvolver programa com nome semelhante para atender à população mais pobre.
A escassez de alimentos em regiões pobres da África deverá ser abordada em junho deste ano, na reunião Rio+20, que será realizada no Brasil. Porto lembrou que os cinco países do Brics têm diretrizes comuns, mas planejam suas ações de forma individual. Segundo ele, o esforço do Brasil para se aproximar da África pode fazer com que outros países cooperem com nações mais pobres. “Embora o Brasil não tenha tantos recursos como os países desenvolvidos, detém experiências importantes que pode repassar para os demais.”

Mercosul discute elevação da TEC para 100 a 200 produtos

A presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem, em Montevidéu, com os presidentes de mais três países do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai). Um dos principais temas do encontro foi a proposta brasileira e argentina de elevar a Tarifa Externa Comum (TEC) para uma lista de 100 a 200 produtos, como forma de proteger seus mercados dos efeitos da crise econômica internacional. Se aprovados, os aumentos não poderão superar a tarifa consolidada da Organização Mundial do Comércio (OMC) de 35%.
A proposta está sendo discutida pelos chanceleres e ministros da área econômica do Mercosul. Os governos brasileiro e argentino praticamente já chegaram a um acordo – mas falta vencer as resistências do Uruguai e do Paraguai. A prioridade do presidente do Uruguai, Jose Pepe Mujica, é incorporar a Venezuela como membro pleno do Mercosul. Para que isso ocorra, o Mercosul teria que modificar as regras do bloco regional.
Pelas atuais regras, o pedido de adesão plena de um país tem que ser aprovado pelos Poderes Legislativos de todos os países do Mercosul. A Venezuela já conta com o sinal verde dos congressos do Brasil, da Argentina e do Uruguai. Falta apenas a aprovação do Congresso paraguaio – mas a maioria oposicionista no Senado é contra. Mujica quer modificar as leis para permitir a adesão de novos membros, mesmo sem a aprovação dos Legislativos.
Participarão também da reunião de cúpula os presidentes dos países associados: Chile, Bolívia, Colômbia, Peru e Equador. O presidente equatoriano, Rafael Correa, pedirá a adesão de seu país ao Mercosul. O bloco econômico também firmará um acordo de livre comércio com a Palestina e o Protocolo de Montevideu sobre Compromisso com a Democracia, que atualizará o atual, assinado em Ushuaia em 1998. O novo protocolo terá mecanismos adicionais de intermediação e de sanção para os casos de ruptura ou de ameaça de ruptura da ordem democrática.
Na reunião, o Mercosul vai declarar 2012 como o Ano da Erradicação da Pobreza Extrema e da Fome.